quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Lançamento do livro dos integrantes do grupo acadêmico de pesquisa NEPEF, vinculado a UNESP de Rio Claro/SP - II

A EDUCAÇÃO FÍSICA E SEUS DESAFIOS:

Formação, Intervenção e Docência


Autor(es)


Dagmar Hunger (Org.)

Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 (Cnpq), orientadora no PPG em Ciências da Motricidade da Unesp, com Doutorado em Educação Física pela Unicamp (1998) e profa. Adjunta do Depto Educação Física da Unesp de Bauru.

Samuel de Souza Neto (Org.)

Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 (Cnpq), orientador no PPG em Ciências da Motricidade da Unesp, com Doutorado em Educação pela USP (1999) e Prof. Adjunto do Depto Educação da Unesp de Rio Claro.

Alexandre Janotta Drigo (Org.)

Orientadora no PPG em Ciências da Motricidade com Doutorado em Educação Física pela Unicamp (2007) e prof. do curso de Educação Física da FAM.

Adriano Pires de Campos

Mestrado em Ciências da Motricidade pela Unesp (2003), Docente da especialização Lato Sensu da Universidade Gama Filho.

Afonso Antonio Machado

Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2, orientador no PPG em Desenvolvimento Humano e Tecnologias da Unesp, com Doutorado em Educação pela Unicamp (1994) e Prof. Adjunto do Depto Educação Física da Unesp de Rio Claro.

Ana Célia Araújo da Silva

Mestrado em Educação pela Universidade Metodista de São Paulo - UMESP  (2009). Docente de Faculdades Integradas Torricelli.

Camila Borges

Mestre em Ciências da Motricidade pela UNESP (2006). Professora de Educação Física da Escola Estadual Província de Nagasaki.

Danilo Di Manno de Almeida

Doutorado em Filosofia pelo Université de Paris X, Nanterre, França(1999). Professor titular da Universidade Metodista de São Paulo.

Evandro Antonio Corrêa

Coordenador do curso de Educação Física e professor da Faculdade Anhanguera de Bauru/SP, professor FAEFI-Barra Bonita/SP, Mestre em Ciências da Motricidade pela Unesp-Rio Claro.

Fernanda Rossi

Doutoranda em Ciências da Motricidade pela UNESP, Mestre em Ciências da Motricidade pela UNESP (2010).

Fernando Paulo Rosa de Freitas

Mestre em Ciências da Motricidade pela UNESP (2009). Professor de Educação Física do Estado de São Paulo.

José Carlos de Almeida Moreno

É professor do UNIFEB e FAFIBE, Doutor em Educação Física pela UNICAMP.

José Maria de Camargo Barros

Prof. Dr. Aposentado pelo Depto de Educação Física da Unesp de Rio Claro.

Juliana Cesana

Doutoranda em Educação Física na Unicamp, Mestre em Ciências da Motricidade pela UNESP (2005).

Juliana Frâncica Figueiredo

Mestre em Ciências da Motricidade pela UNESP (2009). Professora de Educação Física do Estado de São Paulo.

Larissa Cerignoni Benites

Doutoranda em Ciências da Motricidade pela UNESP, Mestre em Ciências da Motricidade pela UNESP (2007).

Luciene Ferreira da Silva

É professora da FC/UNESP/Bauru. Doutora em Educação Física pela UNICAMP.

Luiz Sanches Neto

Doutorando em Ciências da Motricidade pela UNESP, Mestre em Ciências da Motricidade pela UNESP (2007). é professor assistente da Universidade Guarulhos.

Marcelo Eugênio Vieira

Mestre em Ciências da Motricidade pela UNESP (2011). Professor de Educação Física de Águas de São Pedro.

Márcia Thereza Couto Falcão

Bolsista de Produtividade em Pesquisa 2 e Orientadora de Doutorado, Possui Doutorado em Sociologia pela Universidade Federal de Pernambuco, Profa da Faculdade de Medicina da USP.

Maria Cecília L.M. Bonacelli

Doutorado em Educação Física pela Unicamp (2004). Profa da Faculdade Claretianas - Campus Batatais.

Mariana Lolato Pereira

Mestre em Ciências da Motricidade pela UNESP (2007). Professora de Dança do Ventre do Compasso Centro de Danças.

Mellissa Fernanda Gomes da Silva

Doutoranda em Ciências da Motricidade pela UNESP, Mestre em Ciências da Motricidade pela UNESP (2009). Professora da Universidade Anhanguera.

Narciso Mauricio dos Santos

Mestrado em Educação pela Universidade Metodista de São Paulo - UMESP, Brasil (2010). Professor de Educação Física do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza e Secretaria Estadual de Educação - Diretoria de Ensino de Sâo Vicente/SP.  Professor Universitário do curso de Licenciatura em Pedagogia da Faculdade Alfa - Praia Grande/SP.

Sara Quenzer Matthiesen
Orientadora no PPG em Desenvolvimento Humano e Tecnologias da Unesp, com Doutorado em Educação pela Unesp (2001) e Profa. do Depto Educação Física da Unesp de Rio Claro.






                                                                    Prof. Narciso




Por Narciso Mauricio dos Santos 15/12/2011






































































Lançamento do livro dos integrantes do grupo acadêmico de pesquisa NEPEF, vinculado a UNESP de Rio Claro/SP - I


Pesquisadores do grupo acadêmico do Núcleo de Estudos e Pesquisas no Campo da Formação Profissional em Educação Física - NEPEF / UNESP-RC lançam livro referente aos trabalhos que desenvolvem ao longo dos estudos.

A organização da edição ficou por conta de:

Dra. Dagmar Hunger (UNESP-Bauru)
Dr. Samuel de Souza Neto (UNESP-Rio Claro)
Dr. Alexandre Janotta Drigo (UNESP-Rio Claro)

 
Sinopse

A efetiva interação entre os saberes disciplinares e os campos de atuação profissional é constantemente questionada no universo acadêmico como um sério problema a ser superado nos cursos de formação inicial.

Nesta perspectiva, este livro apresenta reflexões sobre a Educação Física nos contextos de identidade, formação e docência, assim como nos desafios das áreas de estudo e dos espaços de intervenção da área.

Para tanto reúne pesquisas oriundas de dissertações e teses de membros do grupo NEPEF (Núcleo de Estudos e Pesquisas em Formação Profissional no Campo da Educação Física), defendidas nas principais Universidades brasileiras destacando-se a UNESP de Rio Claro e UNICAMP, das quais extraíram-se os presentes textos que, de forma não fragmentada e partindo de uma construção orientada, apresentam debates, metodologias e interações entre a área de formação e intervenção no campo de trabalho em educação física, nas suas diversas manifestações: docência, esportes, ginástica, lutas e artes marciais, dança e lazer.


O livro esta disponível no site da editora CRV


Por Narciso Mauricio dos Santos 15/12/2011


quinta-feira, 1 de setembro de 2011

A dança no contexto do ensino médio: explorando os movimentos expressivos e a co-educação **

Narciso Mauricio dos Santos *

ETEC Adolpho Berezin – Mongaguá

ETEC Dra. Ruth Cardoso – São Vicente





O presente trabalho tem como pretensão atender duas importantes vertentes quando tratamos da cultura corporal de movimentos na Educação Física escolar para o ensino médio que são: desenvolver e explorar práticas educativas com os alunos e alunas, onde as ações perpassam pelos movimentos expressivos através da dança e a promoção de estratégias para aulas co-educativas partindo do desenvolvimento desses movimentos. Para a primeira vertente, entende-se que o conteúdo da dança precisa sim ser explorado, porém isso acaba sendo negligenciado por alguns professores (as) tendo em vista os saberes adquiridos em suas formações acadêmicas e profissionais. No que diz respeito à promoção de estratégias para aulas co-educativas, neste caso, a proposta provoca e/ou promove momentos onde as vivências de movimentos expressivos precisam ser uma prática conjunta experienciados por meninos e meninas. A Justificativa para a realização do trabalho em evidência esta pautada em oferecer mais uma oportunidade aos alunos da Etec Adolpho Berezin – Mongaguá de experimentar os conteúdos da dança como uma das formas elementares do movimento expressivo, onde o corpo humano pode expressar, comunicar e transformar uma realidade através da arte e do movimento. Os objetivos que se pretende com o trabalho ao longo do ano letivo tem como foco, apresentar os conteúdos da dança como mais uma proposta da Educação Física dentro da escola e provocar momentos de compreensão e transformação entre meninos e meninas com vistas na promoção da igualdade de gênero e formação do cidadão. Baseado nas premissas destacadas como objetivos, a metodologia para o desenvolvimento das ações parte da experimentação ou pesquisa experimental, sendo que neste caso, Chizzotti (2003, p.28) destaca que o método de comprovar conhecimentos pela experimentação provocada é uma etapa comum em ciências físicas e naturais. Consiste na observação, manipulação e controle do efeito produzido em uma dada situação. As realizações das ações estão destacadas nas bases tecnológicas dos planos de aula de todos os anos do ensino médio e estão sendo trabalhadas no decorrer do ano letivo de 2011 tendo em vista que também já foram vivenciadas em anos anteriores em outras instituições de ensino do Centro Paula Souza. Os resultados apresentados até o presente momento destacam através dos relatos dos alunos (as) nas avaliações, que a partir da disponibilidade corporal lúdica, consegue-se a apreensão de variadas habilidades e competências de execução diferenciada e com diferentes expressões de determinados tipos de danças sem proporcionar ênfase nas técnicas formais e sem deturpar o seu verdadeiro sentido.



Palavras-chave: Cultura Corporal. Dança. Movimento. Experimentação. Co-educação.

Site: http://www.cpscetec.com.br/ceteccap/capacitacoes/capacitacaover.php?id=ODc3

* Mestre em Educação - UMESP/SP
   Pós-Graduado em Recreação e Lazer - UNICLAR - Batatais/SP
   Licenciado em Pedagogia - FACEL Don Domênico - Guarujá/SP
   Licenciado em Educação Física - FEFIS /Universidade Santa Cecília dos Bandeirantes - Santos /SP 
Professor de Educação Física das instituições em destaque  

** Título de pesquisa apresentada como comunicação oral no Encontro Interdisciplinar Artes e Educação Física: Dança na Escola,  organizado pela Coordenadoria do Ensino Técnico do Centro Paula Souza sob coordenação de Carolina Marielli (Artes) Elaine Regina Piccino Oliveira (Educação Física). O evento teve como carga horária 8h/a, realizado no dia 23 de agosto de 2011, das 08:30 às 16:30 nas acomodações da Etec Martin Luther King, cito a Rua: Apucarana, 815 - Tatuapé - São Paulo . Metró Carrão

É possível reinventar a Educação Física escolar e as práticas educativas ? *


Narciso Mauricio dos Santos**




O questionamento deu-se a partir da necessidade em ministrar aulas de Educação Física Escolar considerando a realidade observada: falta de espaço físico, materiais e a resistência dos alunos em detrimento ao modelo esportivista presente na escola. Os objetivos do estudo pautaram-se em reinventar práticas educativas como possibilidade de ir além do cenário encontrado e ter coerência entre o que pensamos fazer e o que realmente realizamos. A pesquisa de campo foi realizada na Escola Estadual Senador Casemiro da Rocha, Ribeirão Pires/SP, com alunos do ensino fundamental 5ª a 8ª séries e apóia-se na LDB 9.394/96, artigo 26 parágrafo 3º, onde afirma que “a Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular obrigatório da educação básica...” e o item IV do decreto 69.450/71, onde direciona e regulamenta o uso do espaço para atividade física.  Sendo assim, perceberam-se algumas incoerências em relação aos documentos, primeiro que obriga e segundo que limita. O procedimento metodológico utilizado pautou-se em estudo de caso na modalidade qualitativa com base em Yin (2001) que prioriza observação detalhada do contexto. Partindo dessas considerações, pensou-se na reinvenção das práticas de maneira lúdica, divertida e prazerosa, propondo aos alunos a percepção da consciência corporal, descobrindo naturalmente as habilidades e potencialidades, mesmo diante do espaço limitado. Alternativas foram criadas, atividades desenvolvidas e contextualizadas antes das práticas, onde, precisavam entender o propósito das ações e realizá-las dentro do contexto e necessidades. Os resultados foram transcritos pelos alunos na forma de relatos após observações. Concluiu-se que a pesquisa contribuiu na socialização dos pares, revelou a presença feminina, fortaleceu a participação dos excluídos do contexto do esporte, confirmando que o componente curricular transcende os limites da quadra esportiva, desvelando manifestações em detrimento a cultura do movimentar-se.


** UMESP – Universidade Metodista de São Paulo/SP - Brasil
Mestrado em Educação – Linha de Formação de Educadores

Orientação: Profa. Dra. Jane Soares de Almeida – UMESP/SP

Dados Bibliográficos:
ISSN 1981 - 8564 -Volume 3 nº 3, p.32. Setembro de 2009.

- Título do trabalho de pesquisa apresentado no III CONEF - Congresso Nacional de Educação Física - UNESP - Bauru/SP , no período de 21 a 25 de setembro de 2009. Tema do evento: "Expandindo e integrando conhecimentos científicos".
 Maiores e  observações ver site:
http://www.conef.com.br/ 
(link trabalhos).

quinta-feira, 3 de março de 2011

Para socióloga, professoras enfrentam baixo reconhecimento da sociedade

03/03/2011 - UOL Educação




Por Simone Harnik

Da Redação do Todos Pela Educação*

Adaptação realizada por Narciso Mauricio dos Santos  


Personagens comuns na trajetória educacional de todo brasileiro, as professoras são maioria absoluta no magistério e enfrentam, dia a dia, dificuldades que vão de problemas na infraestrutura escolar à violência na sala de aula. Mas essas profissionais, que precisam de formação aprofundada e permanente, não têm a valorização que deveriam ter, afirma a socióloga e professora da PUC-Minas (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais) Magda de Almeida Neves.




Para ela, historicamente, "a sociedade identifica o trabalho da professora com o de uma mãe e, para ser atenciosa, delicada, meiga, de acordo com os valores culturais, não é preciso qualificação profissional". "Tudo isso contribui para o baixo reconhecimento do papel da professora", afirma. Veja abaixo a entrevista que a docente concedeu ao Todos Pela Educação:

Todos Pela Educação - Por que o magistério é composto, principalmente, por mulheres?




Magda de Almeida Neves - Historicamente e culturalmente, ser professora tinha um valor muito acentuado na sociedade, porque era como ser mãe. Cuidado, atenção, delicadeza com os filhos eram qualidades que a sociedade esperava encontrar nas professoras. Isso levou muitas mulheres ao magistério. Eram elas que realizavam a maior parte das tarefas domésticas e cuidavam da Educação dos filhos. Ser professora conjugava esses elementos que fazem parte da esfera reprodutiva.



TPE - Isso ocorreu até qual época?

Magda - Mais ou menos até os anos 1970. A partir daí, aumentou a presença da mulher no mercado de trabalho. Nos anos 1980, as mulheres eram 18% no mercado de trabalho no Brasil. Em 2007, esse percentual subiu para 52,4%. As mulheres começaram a entrar em outras profissões e se tornaram engenheiras, arquitetas, médicas, juízas.






TPE - Mas o magistério se manteve na mão das mulheres?

Magda - Sim. Algumas profissões permaneceram com essa característica feminina. São o que chamamos de guetos femininos no mercado de trabalho. Os lugares tradicionais das mulheres são o das professoras, enfermeiras, secretárias, recepcionistas. E os salários nessas profissões são baixos, porque a remuneração da mulher sempre se deu pelas "qualidades femininas" exigidas nas funções e como complementação à renda familiar.





TPE - A senhora acredita que os baixos salários dos professores podem ter sido influenciados por esse fator?

Magda - Sim. O salário do professor pode estar influenciado, porque a sociedade identifica o trabalho da professora com o de uma mãe e, para ser atenciosa, delicada, meiga, de acordo com os valores culturais, não é preciso qualificação profissional. Tudo isso contribui para o baixo reconhecimento do papel da professora. Mas, por outro lado os governos brasileiros ainda não estabeleceram como prioridade nas políticas públicas o investimento que a Educação necessita.



TPE - Como podemos mudar esse cenário?

Magda - Em primeiro lugar, tem de haver, cada vez mais, uma mudança nos valores culturais da sociedade. Nos últimos anos, a mulher conseguiu adquirir uma Educação formal maior que a dos homens e vem se qualificando e profissionalizando. Apesar da permanência de alguns “guetos femininos” no mercado de trabalho, a mulher vem conseguindo se impor e romper barreiras. É preciso haver o reconhecimento por parte do estado e das empresas educacionais, do papel da Educação, que é de fundamental importância para o desenvolvimento do País.

Apesar dos esforços nos últimos anos, ainda falta muito para se valorizar dignamente a Educação no Brasil. Se olharmos os salários dos professores, hoje, eles são baixíssimos com relação a outras profissões. Como exigir qualidade de um profissional que tem de enfrentar uma série de dificuldades e se envolver com o processo educacional com salário tão baixo?





TPE - A senhora acredita que as famílias reconhecem que a professora também exerce uma jornada em casa, muitas vezes, como mães?

Magda - Há muito pouco reconhecimento desse duplo papel da professora. Os pais, com toda razão, querem uma boa Educação para seus filhos. Por outro lado, as professoras enfrentam um cotidiano pesado, muitas obrigações e baixos salários. E as que são mães também querem que o filho tenha uma boa Educação.



TPE - Por que a proporção dos professores homens cresce no Ensino Médio?

Magda - Porque, nessa etapa, começam a ocorrer salários mais altos e a função não é vista como feminina, pois segundo os padrões do mercado, se exige mais qualificação profissional. Os homens, em geral, procuram funções mais lucrativas. Como o salário do professor ainda é muito baixo, as mulheres acabam aceitando essa tarefa, no ensino fundamental. Isso vem mudando devagar, na medida em que os homens começam a assumir as tarefas em casa, o que era exclusividade das mulheres. Entretanto, mesmo exercendo tarefas iguais, as mulheres ainda ganham 70%, do que os homens ganham.



TPE - Como é a situação em outros países?

Magda - Em países que priorizam a Educação, como a França, o ensino não é exercido só por mulheres. Existe uma forte presença masculina em todos os níveis educacionais.



TPE - A senhora acredita que a presidência na mão de uma mulher (Dilma Rousseff) pode ajudar a mudar esse quadro?

Magda - Tenho a maior esperança. Acho que o Brasil deu um passo importante para o fortalecimento da democracia, apostando na continuidade das políticas sociais e, pela primeira vez na história do País, escolheu uma mulher para a Presidência da República. E, a presidenta tem reforçado sempre nos seus discursos, o combate à miséria e a importância do investimento na Educação, em todos os níveis.



*O Todos Pela Educação é um movimento que congrega a sociedade civil, educadores e gestores públicos pela exigência de uma educação básica de qualidade para crianças e jovens.



Fonte:

http://noticias.bol.uol.com.br/educacao/2011/03/03/para-sociologa-professoras-enfrentam-baixo-reconhecimento-da-sociedade.jhtm






BRASIL: 8 EM 10 PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA SÃO MULHERES.

Por Simone Harnik




Da Redação do Todos Pela Educação*


Adaptado para o blog por Narciso Mauricio dos Santos
















As mulheres compõem 81,5% do total de professores da educação básica do país. Em todos os níveis de ensino dessa etapa, com exceção da educação profissional, elas são maioria lecionando. De acordo com dados da Sinopse do Professor da Educação Básica, divulgada pelo MEC (Ministério da Educação) no fim de 2010, existem quase 2 milhões de professores, dos quais mais de 1,6 milhão são do sexo feminino.


Esse percentual pode ser explicado historicamente, como aponta a socióloga Magda de Almeida Neves, da PUC-Minas (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais). Segundo ela, a sociedade brasileira associa a função do professor a características geralmente consideradas femininas, como a atenção, a delicadeza e a meiguice.

• Para socióloga, professoras enfrentam baixo reconhecimento da sociedade

• Para você, o magistério é um ofício feminino?



Esses predicados são comumente associados aos de uma mãe e, para possuí-los não é necessário qualificação profissional. Com isso, os salários do magistério podem ter sofrido impactos, se desvalorizando frente a outras profissões e fazendo com que a Educação permaneça como um "gueto feminino no mercado de trabalho", nas palavras de Magda.



Divisão nos níveis de ensino



Nas creches, as mulheres ocupam 97,9% das vagas de professor – isso significa que, a cada cem docentes, apenas dois são homens nessa etapa. Por outro lado, na educação profissional (o ensino técnico), as mulheres perdem para os homens em número: elas são 45,8%.

Só no ensino fundamental a população de professoras soma mais de 1,1 milhão – um total que equivale praticamente à população total de Roraima e do Amapá juntas.





Concentração nas etapas iniciais



As mulheres estão em maior proporção nos anos iniciais da educação de uma criança. Conforme as etapas de ensino vão avançando, mais homens passam a lecionar. Isso acontece, segundo Magda, sobretudo porque, no decorrer do ensino formal, diminui a associação do magistério com uma função essencialmente feminina e os salários também se elevam.



*O Todos Pela Educação é um movimento que congrega a sociedade civil, educadores e gestores públicos pela exigência de uma educação básica de qualidade para crianças e jovens



Fonte: http://educacao.uol.com.br/ultnot/2011/03/03/brasil-8-em-10-professores-da-educacao-basica-sao-mulheres.jhtm

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E AS PRÁTICAS EDUCATIVAS: ESTEREÓTIPOS MASCULINOS E FEMININOS




Pintura do professor de Arte e Artista Plástico Marcelo Uchoa - Aracajú (SE) -  06/01/2007, cedida gentilmente através de contatos por e-mail, para ilustrar minha Dissertação de Mestrado, defendida no dia 25/03/2010 quinta-feira às 16:00 hs na Universidade Metodista de São Paulo - Campus Vergueiro/SP, onde a imagem foi inserida justamente na intenção de provocar uma discussão e reflexão  sobre  os estrereótipos masculinos e femininos que são fabricados durante as aulas de Educação Física na escola. 
Para saber mais sobre Marcelo Uchoa ver:




Participaram da banca examinadora, da direita para esquerda na sequência:




Prof.Dr. Elydio dos Santos Neto - UMESP/SP
Profa.Dra. Jane Soares de Almeida - UMESP/SP
Mestrando Narciso Mauricio dos Santos  - UMESP/SP
Prof. Dr. Samuel de Souza Neto - UNESP/Rio Claro


Suplentes:

Prof. Dr. Marcelo Carbone Carneiro - UNESP / FAAC - Bauru/SP
Prof.Dr Danilo Di Manno de Almeida - UMESP/SP

É com grande carinho e emoção que agradeço a todos vocês professores  da banca examinadora (Prof.Dr. Elydio, Prof.Dr.Samuel), professora orientadora (Profa.Dra.Jane) e principalmente as doze (12) professoras (sujeitos da pesquisa) que participaram gentilmente das entrevistadas (Professoras: Eliane, Janaina, Ivy, Viviane, Marisa Estela, Thalita, Maria José, Lúcia Helena, Rosana, Ana Cecilia, Leila e Fernanda).  

Sem sombras de dúvidas, vossas contribuições foram significativas e irão contribuir para o avanço da Educação e especificamente, para a  área da Educação Física dentro do espaço da escola ...


"Só vocês sabem o quanto eu caminhei para chegar até aqui "

(Toni Garrido, Lazio Da Gama e Bino Farias).


OBRIGADO !  

Prof.Ms. Narciso Mauricio dos Santos - 15/02/2011

Mulheres e homens na docência ...etnia e raça

A UTILIZAÇÃO DO SEMINÁRIO COMO FERRAMENTA DE ENSINO-APRENDIZAGEM NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA.

Sabe-se que ao longo da história, a Educação Física priorizou conteúdos em uma dimensão quase exclusivamente procedimental. Pensando nos conteúdos da Educação Física, não se pode deixar de considerar que a disciplina também pode tratá-los de forma atitudinais e conceituais. Coll et al.(2000), definem os conteúdos como uma organização selecionada de formas e saberes culturais que podem ser caracterizados como: conceitos, explicações detalhadas, habilidades apropriadas, diversos tipos de linguagens, valores éticos e morais entre outros.Também é importante sublinhar que os conteúdos escolares, destacados para essa discussão possuem vastos resquícios históricos e socialmente construídos, sendo elaborados e reestruturados conforme as diversas realidades nas quais os docentes enfrentam e até mesmo perpassam em suas experiências diárias e formativas. Diante destas considerações, observa-se também em alguns cursos de formação profissional da área, que os currículos priorizam tratar dos assuntos ligados à disciplina, apenas na perspectiva do que se deve saber fazer - (dimensão procedimental), e desta forma, os professores acabam por apresentar dificuldades em trabalhar os conteúdos na forma conceitual, ou seja, o que se deve saber. Neste caso, os conteúdos estão diretamente ligados a conhecimentos, habilidades, hábitos, valores e atitudes, organizados pedagógica e didaticamente. Assim, percebeu-se no cotidiano da escola em evidência, após observações de anos anteriores, que os alunos apresentavam resistências a iniciativas que incluíssem discussões sistematizadas sobre a dimensão conceitual e atitudinal nas aulas de Educação Física, tendo em vista a cultura construída historicamente ao longo dos tempos. Assim sendo, adotou-se no planejamento da disciplina de Educação Física da Etec Adolpho Berezin – Mongaguá, desde o ano de 2006, tratarmos alguns assuntos considerados emergentes, utilizando como estratégia o seminário.  Pensando nas problemáticas apontadas, mais do que ensinar a fazer, os objetivos que permeiam esta prática pedagógica estão diretamente ligados aos contextos nos quais são esperados que os alunos atinjam e se classificam em: obter uma contextualização das informações, aprender relacionar-se com os colegas respeitando o processo de ensino-aprendizagem e a diversidade de cada um, aproximar o aluno do processo de pesquisa e saber apropriar-se dos meios tecnológicos para facilitar o ensino. A justificativa para o desenvolvimento de seminário, vem ao encontro e contribui com o processo de reflexão, exigindo dos alunos disciplina, rigor, metodicidade e sistematização, fazendo avançar o saber. Também, é interessante verificar que o significado etimológico da palavra Seminário – “origina-se do latim seminariu, que significa viveiro de plantas onde se fazem sementeiras”. (FERREIRA, 1997). Por sua vez, sementeira dá a idéia de proliferação daquilo que se semeia, levando essa técnica, significar a ocasião de semear ideias ou de favorecer sua germinação. A metodologia para essa proposta está centrada nos estudos de Veiga (1991), pois considera característica essencial do seminário, promover a oportunidade dos alunos desenvolverem requisitos que se referem à investigação, crítica e independência intelectual. O conhecimento a ser assimilado e reelaborado é estudado e investigado pelo próprio aluno, como sujeito de seu processo de aprendizagem. O professor assume o papel de coordenador, o grupo da classe, debatedores. Enquanto técnica de ensino envolve elementos da aula expositiva e dinâmica de grupo. Nesse contexto, empregar seminário como estratégia de ensino-aprendizagem implica três etapas: preparação, apresentação e avaliação. (VEIGA, 1991). Como resultado desta proposta, aponta-se alguns trabalhos significativos que obtiveram repercussão na região, onde os alunos, após conclusão da proposta disciplinar, apresentam a comunidade escolar e em outras unidades estaduais, principalmente na ocasião da divulgação do vestibulinho. 

Palavras – chave: Educação Física. Seminário.  Conteúdos. Ensino-aprendizagem.

Narciso Mauricio dos Santos.
Centro Paula Souza - ETEC: “Adolpho Berezin” – Mongaguá / SP.

OS ESTEREÓTIPOS E AS RELAÇÕES DE GÊNERO NAS PRÁTICAS EDUCATIVAS DA EDUCAÇÃO FÍSICA DO ENSINO MÉDIO DE ETECS.

As práticas educativas direcionadas para o ensino médio e os desafios enfrentados pelos professores e professoras de Educação Física em relação a adotar uma postura que contemple o trabalho com turmas heterogêneas constituem-se em um processo de construção social e histórico amparado por legislação, mas, que também vem sendo tratado e discutido por alguns pesquisadores da área. No âmbito deste contexto, os objetivos desta pesquisa tiveram como ênfase (a) pensar sobre o corpo e as práticas educativas da Educação Física escolar direcionadas por professores e suas possíveis relações na construção dos estereótipos masculinos e femininos, (b) averiguar e apontar como os corpos são construídos sob o olhar de referências, atributos e culturas advindas das relações de gênero e (c) investigar se as questões de gênero imbricadas nas práticas educativas da Educação Física direcionadas aos alunos do primeiro ano do ensino médio tem relevância para a criação de estereótipos entre homens e mulheres e /ou meninos e meninas tendo em vista através de dados teóricos que a área possui uma forte tendência à direcionar suas práticas  ao público  masculino. Nesta perspectiva, a pesquisa teve como eixo metodológico, um estudo descritivo de análise qualitativa com técnicas de entrevistas semi-estruturadas para a obtenção de dados empíricos; se apropriando das ferramentas de computação e de internet para organizar os dados, neste caso específico priorizou-se somente aos alunos do primeiro ano do ensino médio de três instituições do Centro Paula Souza, a saber: ETEC Adolpho Berezin - Mongaguá, ETEC de Itanhaém - Itanhaém e ETEC Dra. Ruth Cardoso – São Vicente. O foco dos questionamentos nestas entrevistas emergiu das temáticas sobre estereótipos e relações de gênero e tiveram como direcionamento os seguintes questionamentos:
- Durante as práticas educativas da Educação Física escolar, observa-se algumas interferências por parte dos alunos e até mesmo de professores em relação às questões de gênero? - A escola enquanto instituição e as práticas da Educação Física contribuem para fortalecer valores conservadores em relação às questões de gênero? - As práticas educativas da Educação Física na escola contribuem para reforçar a construção de estereótipos?
Pensando nestas problemáticas destacadas, o referencial teórico se valeu dos escritos sobre gênero, da crítica teórica feminista e das atuais publicações na área da Educação e especificamente da Educação Física escolar para justificar os possíveis apontamentos investigados. As contribuições da pesquisa pautaram-se na apresentação de dados sustentáveis que reforçam a importância da discussão sobre as relações de gênero e as possíveis construções de estereótipos no espaço escolar. Os resultados alcançados apontam que é necessário rever os conceitos em relação ao masculino e feminino durante a estruturação e elaboração das práticas educativas direcionadas para alunos e alunas do ensino médio.   




Narciso Mauricio dos Santos
Centro Paula Souza - ETEC “Adolpho Berezin” – Mongaguá/SP.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Mulheres na docência da Educação Física escolar: olhares e desafios nas questões de gênero e estereótipos.

Formar profissionais para a Educação é assunto polêmico e discutido por muitos autores, dentre eles, referencio, Alarcão (1996), Fischmann (1986) e Gatti (1997), os quais expõem através dos estudos, direcionamentos que consideram pertinentes para questões formativas nos conteúdos teóricos discutidos, indicando necessidades emergentes para constituir um profissional de caráter amplo, com pleno domínio e compreensão da realidade do seu tempo, onde a prioridade tende a consciência crítica reflexiva, permitindo interferir de forma significativa, transformando situações inusitadas, tanto na escola, no cenário educacional, ou quem sabe na sociedade onde está inserido. Ter a docência como base de sua identidade seria o ideal ao profissional ligado a educação, onde, independente desse item como requisito, teria ainda que dominar bem o conhecimento específico de sua área de atuação, articulado aos conhecimentos pedagógicos e práticos para exercer sua função. Sendo assim, a formação do professor, precisa intencionalmente possibilitar de maneira geral e especifica, seu desenvolvimento como pessoa, profissional e principalmente cidadão. Depois destas primeiras aproximações, exponho uma discussão que complemente o tema até aqui revisto, discorrendo com mais intensidade e objetividade sobre a formação e docência do profissional de Educação Física, seja na licenciatura ou bacharelado e as relações de gênero que permeiam esse campo durante seu trajeto, tendo em vista que a área carrega em sua história, uma herança enraizada no perfil militar, onde o processo formativo se remetia especificamente numa estrutura de dois anos com ênfase nos aspectos biológicos e técnicos, ou seja, conhecimentos sobre o corpo humano e os relacionados às ginásticas e aos esportes, tudo isso caracterizando a figura masculina como prioridade nos cursos. Nesta perspectiva, cabe ainda recordar que o processo para formação inicial de profissionais de Educação Física no Brasil, encontrava-se ligado à Marinha, à Força Pública e principalmente ao Exército, onde, estes órgãos se apropriavam de diferentes Métodos Ginásticos para a efetivação dessa formação, ou seja, uma educação de caráter especificamente técnico e prático. Neste contexto, é que surge em 1933, com o Decreto Lei nº 23. 252 a Escola de Educação Física do Exército, no Rio de Janeiro, com nova organização e com os currículos e objetivos atualizados. No âmbito deste contexto, os objetivos desta pesquisa tiveram como ênfase (a) Pensar sobre o corpo e as práticas educativas da Educação Física Escolar direcionadas por professoras (sexo feminino) e suas possíveis relações na construção dos estereótipos masculinos e femininos. (b) Averiguar e apontar como que os corpos são construídos sob o olhar de referências, atributos e culturas advindas das relações de gênero. (c) Investigar se as questões de gênero imbricadas no campo dessa formação profissional, até por conta da herança militarista que a Educação Física carrega, tem relevância para a criação de estereótipos masculino/feminino, tendo em vista através de dados teóricos que a área possui uma forte tendência a masculinização. Assim, a pesquisa teve como eixo metodológico, um estudo descritivo de análise qualitativa com técnicas de entrevistas semi-estruturadas para a obtenção de dados empíricos; neste caso específico priorizaram-se somente professoras de Educação Física que atuam diretamente nos quatro níveis escolares (educação infantil, ensino fundamental I, ensino fundamental II e ensino médio), e também algumas observações de aulas das mesmas. O foco nas entrevistas emergiu com as seguintes problemáticas: - A escola e as práticas educativas da Educação Física escolar contribuem para reforçar os estereótipos masculinos e femininos? - Como que as professoras de Educação Física percebem suas práticas educativas, lecionando para meninos e meninas? Pensando nas questões destacadas, o referencial teórico se valeu dos escritos sobre gênero, da crítica teórica feminista e das atuais publicações na área da Educação e especificamente da Educação Física escolar para justificar os possíveis apontamentos investigados. As contribuições da pesquisa pautaram-se na apresentação de dados sustentáveis que reforçam a importância da discussão sobre questões de gênero no espaço escolar, prioritariamente na formação e durante a docência da profissional de Educação Física, pois denunciam preferências em trabalhar o masculino pensando nos resultados alcançados.

Palavras-chave: Educação Física escolar. Formação. Docência. Práticas educativas. Gênero. Estereótipos.

                     Narciso Mauricio dos Santos
Universidade Metodista de São Paulo – UMESP /SP
Orientadora: Dra. Jane Soares de Almeida

Prof. Ms. Narciso Mauricio dos Santos